Sorvetes!!

*andamos, vimos algumas lojas, casas novas e antigas no meio de prédios*
-pelo visto não é de seu costume sair não é?

*Olhei para ele*
-Ah,sim...eu nunca mais sai de casa desde que tinha 3 anos...
*Falei pensativo enquanto olhava para o nada*

*estávamos em outro parque, e eu olho um banco de parque, no qual eu sento olhando para ele*
-mas... por qual motivo não te deixam sair de casa? me desculpe... ora, vamos fazer o seguinte... eu faço uma pergunta e você responde com sinceridade... sinto que você quer se abrir e não sabe como... e você faz o mesmo comigo, e ficamos assim: um responde a pergunta do outro...
*falo o olhando*

*Suspirei e olhei para ele*
-Okay...começando por mim...eu não podia sair de casa...porque...meus empregados tinham o direito de me deixar em casa,já que meus pais não viviam lá...eles me obrigavam a cuidar mais de meu corpo e estudar mais 24h por dia,desde que eu tinha 6 anos,o que fez meu corpo ficar assim...mas,quando eu não queria...-
*Parei no meio e fiquei um pouco triste*

*limpei uma lágrima do rosto dele*
-não precisa ficar assim... por hoje, não perguntarei mais nada...
*falo o em volvendo em um abraço*
-melhor?
*e me separo dele o fitando*
-creio que seja sua vez de perguntar...

*Olhei para ele*
-Sim...
*Pensei um pouco*
-Oque aconteceu com o lugar onde você vivia?
*Perguntei baixinho*

*arregalo os olhos, e dou um sorrisinho*
-tuchê! conseguiu empatar...
*suspiro e o fito*
-na minha aldeia, eu nasci como o filho de um mestre cocoon; o que faz de mim um cocoon... ou seja um caçador de criaturas... eu fui treinado desde... bem desde que eu me lembre... sendo reinado para manusear uma arma, como uma faca ou uma lança, com a mesma precisão com que eu respiro... creio que mais sedo possa ter visto o resultado não é?
*dou uma leve risada*
-quando nossa aldeia correu perigo com as criaturas atravessando a barreira divina, eu fui atrás da erva de Calabás... mas no entanto eu cheguei muito tarde... a conselheira do nosso líder Jibara, sacrificou a chamam de nossa aldeia, minha avó, Garai... ao fazer isso, converteu todos nela em estátua de pedra... e estão até hoje assim... só eu sobrevivi, por que Garai colocou uma proteção em mim no ultimo instante...
*falo limpando umas lágrimas que começaram a cair*

*Me senti triste por perguntar*
-Oh...entendo...
*Falei segurando em sua mão*
-Eles irão voltar...e você vai voltar á vê-los...
*Falei a última parte baixinho*

-muito obrigado... é por isso que viajo à alguns anos... acho que eu tinha sua idade, talvez um ano mais novo, quando aconteceu... enquanto um ficava preso, outro vive viajando...
*dou um sorriso, e levanto*
-bem por hoje chega né mah... myu...
*falo me corrigindo antes que ele perceba*
-amanhã podemos nos abrir de novo, mas no momento que tal voltarmos? se der, de noite ainda podemos pegar um cinema né?
*falo piscando com um olho e sorrindo*

*Sorri um pouco*
-Sim...
*Falei indo até ele*
-E pode me responder só uma coisinha?
*Perguntei baixinho*

*dou um sorriso*
-pode, mas sabe que me dará o direito de lhe perguntar uma coisa também, e terá de responder com sinceridade...
*falo enquanto caminhava*

*Olhei para ele*
-Okay...quem é...a pessoa...que você tanto fala...ao invés de dizer meu nome?
*Perguntei bem baixinho mas acho que daria para ele escutar*

*suspiro*
-quando as criaturas conseguiram atravessar a barreira divina, eu tinha que me tornar o mestre cocoon o mais rápido possível... e para isso era necessário uma união sagrada....
*olho para ele*
-existia uma garota lá... seu nome era Mahbu... minha melhor amiga...
*dou uma pequena pausa*
-e minha noiva... como eu disse, eu tinha que me tornar um mestre cocoon o mais rápido possível, mas só era possível através de uma união sagrada... e meu casamente foi adiantado...só para deixar claro; a união sagrada é diferente de um casamento comum... pelo menos para meu povo... é uma aliança de poderes e amizades... quanto mais forte a relação entre os dois maior será o poder também... e eu a amava...
*comecei a derramar algumas lágrimas*
-quando aconteceu... bem... ela tinha poderes de cura e purificação, para se proteger, ela mudou sua forma, virando o que muitos chamam de fadinhas... ela ainda está viva... mas nos separamos... e nunca mais a vi... pelo menos acho que está viva... nessa forma, separada de mim, ela é mais fraca... eu... não sei o que fazer
*e agora eu chorava, encostado em uma árvore*

*Fiquei mais triste por perguntar*
"Droga...eu só trago tristeza para as pessoas..."
*Pensei me aproximando dele*
-Vamos...você vai encontrá-la...tenho certeza...
*Falei tentando dar um sorriso mas o sentimento de culpa não deixou*
-Desculpe por fazer você se lembrar...
*Falei começando a andar sem olhar para trás*

*respiro fundo e olho para ele*
-o que acontecia quando você não queria?

*Olhei para ele*
-Ah,nada demais...só me prendiam por correntes e me chicoteavam o dia todo sem parar e não me alimentavam...só isso...
*Falei baixinho mas o bastante para ele ouvir*
-Bem,eu vou indo...
*Falei andando mais rápido*

*me levanto e o seguro pelo pulso*
-se eles faziam realmente isso, então não merecem perdão... e tenho uma coisa que não vai mata-los nem causar ferimentos... pelo menos no corpo...
*respiro fundo e o viro para mim o abraçando*
-não precisa tentar fugir... não sou alguém que faria a mesma coisa... já decidi... mesmo procurando a cura para meu povo, vou cuidar de você, até que eles não tenham mais autoridades para lhe prender...
*falo enquanto acariciava seus cabelos*

*Me surpreendi um pouco*
-Sério?
*Perguntei enquanto uma lágrima caía sem querer*
-Obrigado...
*Falei sorrindo um pouquinho enquanto várias lágrimas caíam por conta própria*

*continuei abraçado a ele.esse sentimento... é do tipo fraterno? acho que é. penso comigo*
-não precisa se segurar pode chorar a vontade
*falo sentando na grama em posição de índio, com ele deitado nas minhas pernas, enquanto acariciava seus cabelos brancos*

*Comecei a chorar mais*
-S-sim...
*Falei enquanto fechava os olhos e limpava as lágrimas*
-Você...*snif*Parece *snif* meu *snif*pai...
*Falei sorrindo um pouco enquanto mais lágrimas caíam*

*fico surpreso*
-que... inesperado... apesar de eu ver você como meu irmão, ou primo...
*falo dando uma leve risada. os cabelos dele são tão bons de passar os dedos*

*Sorri um pouco*
-E-entendo...
*Falei limpando as lágrimas enquanto mais caíam*
"Irmão ou primo..."
*Pensei distraído*

*olho para ele, que continuava de cabeça baixa. será que dormiu?*
-ei... oi...está dormindo?
*falo baixinho aproximando meu rosto do dele, para escutar alguma coisa*

*Olho para ele e coro instantaneamente*
-E-etto...n-não estou não!
*Falei ainda corado enquanto desviava o olhar*

*de repente por algum motivo, vê-lo tão perto do meu rosto, me fez sentir as bochechas esquentarem*
-a...a...ainda bem...
*falo me afastando. o que foi isso?*